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A Máquina Humana

A natureza, desde os seus primórdios, está em constante transformação. A partir do Big Bang, a suposta teoria da origem do universo, passando pela teoria da evolução das espécies de Darwin, até os dias atuais, muita água rolou nesse meio tempo com ela. Um agradecimento especial aos fabulosos e geniais cientistas que, com sua incansável curiosidade, determinação e observação, conseguiram responder, ou dar certo significado, a um sem números de questões e dúvidas que pairavam em nossas cabeças em relação à nossa jornada neste planeta.

 

Apesar de não ser um cientista, sinto uma profunda satisfação em observar, investigar e aprender tudo que possa estar relacionado com minha breve passagem por aqui, começando pela própria natureza humana e suas implicações com o meio ambiente. Não me contento em apenas sobreviver ou simplesmente cumprir rituais pré-estabelecidos, mas vivo, questiono, investigo e procuro respostas coerentes para uma melhor compreensão sobre minha existência.

 

Para quem tem mais de 50 anos, não é muito difícil perceber quantas transformações ocorreram com o planeta nas últimas décadas. Novas tecnologias, conceitos e novos padrões de relacionamento e comportamento humano explodiram nesse pequeno espaço de tempo. Daria para escrever vários livros a esse respeito. Isso, sem contar as incontáveis transformações na vida dos humanos ocorridas desde a revolução agrícola até a revolução digital. Não há como negar, estamos em constante mutação.

 

Entretanto, se não estivermos atentos, essas mudanças podem provocar muitos desconfortos em nossa forma de encarar o novo e até mesmo em adotar novas posturas e compreensões com as novas configurações tecnológicas e comportamentais que a cada dia acontecem mais rápido. Não fica difícil de entender essa problemática quando temos a oportunidade de conviver com indivíduos de gerações anteriores - nossos pais e avós - que não quiseram ou conseguiram adaptar-se totalmente aos novos padrões da nossa geração. Isso prova que a natureza, inclusive a humana, é quem escreve e dirige nossa evolução e trajetória.

 

Todavia, possuímos um elemento muito peculiar nessa natureza que nos torna tão especiais e diferentes. O livre arbítrio. Cada um escolhe a forma que quer percorrer sua história, de compreender a vida, se comportar, se expressar, se sentir. Isso é realmente uma extraordinária diferença entre todos os seres que aqui habitam e foi conduzida e proporcionada pela própria vontade da natureza, seja ela humana, divina ou cósmica.

 

A natureza nos trouxe até aqui, fazemos parte dela e trilhamos o caminho que ela nos proporciona. Independente de nossas vontades, vivemos em um momento onde a tecnologia virtual ganha cada vez mais espaço em nossas vidas, rotinas e mentes. A inteligência artificial parece ser o próximo horizonte a ser conquistado pela humanidade, fazendo com que as máquinas se assemelhem cada vez mais a nós. Isso já se pode constatar no presente. Mas, por que os humanos teriam tanto interesse em tornar as máquinas tão iguais a si próprios? Vida eterna? Explorar o universo? Recriar a natureza? Aperfeiçoar o ser humano de suas imperfeições? Pode ser qualquer uma dessas.

 

A exploração espacial se tornou o grande foco das maiores nações e de empresas dominadoras do mundo, deixando completamente de lado, iniciativas e programas de preservação e sustentabilidade dos recursos do nosso planeta, bem como da qualidade e dignidade da vida dos seus habitantes. Isso é livre arbítrio do próprio ser humano, mas também é ação da natureza. Não parece paradoxal?

 

A sede pelo poder, riqueza e o medo de ficar sem essa maravilhosa "Terra" fazem o homem consumi-la e destruí-la sem trégua. Ao mesmo tempo, as lideranças governamentais e empresariais de todo mundo sucumbem na ganância, corrupção e egoísmo e por não terem mais esperança na solução dos problemas que eles mesmos causam, juntam esforços para produzir novas armas atômicas, criar novos conflitos e investir bilhões em programas de exploração espacial. O foco agora é procurar por outros planetas onde se possa explorar, dominar e colonizar, deixando para trás a nossa Terra completamente degradada.

 

As novas gerações de hoje, crianças e adolescentes, já nasceram e cresceram nessa realidade. Estão imersas na tecnologia e provavelmente não terão como escolher outra forma de viver. Já são a imensa maioria no contexto digital, confirmando a real mudança nos padrões do relacionamento humano. O presente já aponta um futuro cibernético, onde os relacionamentos pessoais serão vividos e exercidos dentro de plataformas, aplicativos, games, avatares e realidades virtuais. A mente humana foi capaz de criar todas essas possibilidades e ela faz parte da natureza.

 

Nesse contexto, é necessário que estejamos muito atentos para acompanhar, de forma crítica e individual, as transformações que a natureza nos convoca. Cada um tem seu mundo, vida e valores ideais que deveriam ser repassados às novas gerações. Entretanto, para que esses jovens pudessem ter dentro de si a verdadeira razão da vida, seria necessário que eles aprendessem desde pequenos, com os seus pais e tutores, que o amor é a maior energia do universo. Sem amor seremos apenas máquinas desprovidas de espírito, mas, se tiver que ser dessa forma, assim será, pois a natureza traça seu caminho com independência, motivos e mistérios próprios. 

 

Então, cabe a cada um de nós a consciência e o livre arbítrio para fazermos nossas escolhas, escrevendo nas páginas da nossa vida tudo que sentimos, aprendemos e realizamos nessa breve e fantástica aventura. Com toda certeza, na minha opinião, essa experiência será infinitamente melhor com a presença do amor!