Ouve-se muito nos dias atuais que o tempo está passando mais rápido, que os relógios estão adiantando, que a rotação da Terra aumentou sua velocidade. Em resumo, o tempo está passando mais depressa para muitas pessoas, chegando ao ponto delas não conseguirem cumprir suas agendas e compromissos e provocando terríveis sequelas para a saúde, como o estresse, angústia e ansiedade.

Mas afinal, o tempo está mais rápido, ou nós que estamos com menos tempo? Sem dúvida, as novas tecnologias surgem para facilitar nossas vidas, mas aceleram o nosso relógio biológico. A instantaneidade, conectividade e informatização das nossas ações do cotidiano nos tornaram reféns e dependentes desse estilo de vida. Um dia inteiro continua com suas 24 horas, mas nós, diante desse cenário instantâneo, precisamos de 30 horas para dar conta de nossas obrigações. O lazer e o descanso ficaram de fora dessa rotina e aí que começam os problemas.

Muitos justificam os fins, como adquirir estabilidade financeira, bens e consumo para viverem nessa corrida contra o tempo, entretanto, esquecem por completo que a vida passa, a saúde debilita, as relações familiares enfraquecem e o autocontrole se perde.

O equilíbrio entre o SER e o TER deve ser constante e nenhum deles pode prevalecer sobre o outro.

Não se pode “SER” sem possuir o mínimo de consciência e discernimento à cerca das necessidades humanas fundamentais: nutrição adequada, atividade física regular, lazer, repouso, relacionamento familiar e social estável, equilíbrio emocional e ocupação laboral adequada.

Não se pode “TER” sem, primeiro, “SER”. Se isso acontecer, você começará a perceber que seu tempo está cada vez mais curto, que está passando cada vez mais rápido, que não consegue cumprir todas as tarefas do dia e que não sobrou mais nenhum tempo pra você! De que adianta “TER” se não existe um “SER” para desfrutar o que se conquistou?