Na incessante busca pela felicidade, qualidade de vida, realização pessoal e profissional, muitas vezes não percebemos que estamos negligenciando nossa saúde.

Diante das pressões do nosso cotidiano como o estresse, falta de tempo, excesso de trabalho e alimentação inadequada, fica difícil compreender a importância que a atividade física regular representa em nossas vidas. Para muitos, ainda é considerada de baixa prioridade. Um erro fatal.

As recentes pesquisas científicas demonstram, cada vez mais, que o corpo humano necessita fazer força, ser resistente e ter flexibilidade, a fim de se auto proteger, curar e regenerar.  O sedentarismo é um dos maiores fatores de risco para a saúde física e mental e mesmo já sendo de conhecimento público, muitos indivíduos continuam relutando na adoção de uma rotina de treinamento equilibrada em suas vidas. A acomodação, falta de motivação e inércia parecem ser convidativos e atraentes, mas a conta, quando chega é bem elevada.

No outro extremo temos a vigorexia. Se o sedentarismo peca pela ausência de atividade, a vigorexia pelo excesso. Sobrecarregas, exaustões e estresses em níveis extremos abreviam a vida útil e funcional do corpo, comprometendo todo o funcionamento do metabolismo e desgastando as estruturas articulares e musculares. Estamos diante de um  "boom" frenético e compulsivo por atividades que excedem os limites da saúde, levando muitos indivíduos ao esgotamento físico e ao comprometimento severo de sua integridade.

Mas a troco de quê? Qual seria o motivo dessa exposição?

A mídia e a moda andam de mãos dadas. A falta de informação consolida e fortalece o padrão comportamental. Fazer o que está na moda sempre eleva o “status quo” daqueles que não conseguiram encontrar modalidades, estilos ou caminhos mais adequados para a preservação da saúde. Infelizmente isso é um fato, e eu, como profissional experiente, tenho como dever e missão alertar e elucidar essas questões, tão óbvias para mim, mas extremamente complexas para muitos.

As pressões do dia-a-dia também possuem um alto poder de influência na busca por atividades extremas. Quando você esgota suas energias vitais, seus problemas parecem menores, sua ansiedade diminui, seu corpo e mente parecem anestesiados e, momentaneamente, muitas sensações desagradáveis do cotidiano simplesmente desaparecem, como num passe de mágica. Mas, sempre ocorre o efeito rebote e a ansiedade e o estresse retornam ainda mais fortalecidos.

Quando o indivíduo é um atleta profissional, que possui um contrato de trabalho e vive dos seus resultados e da sua performance esportiva, pode-se justificar os sacrifícios e as sequelas geradas pelo excesso de treinamento, inclusive sua própria abstenção definitiva aos exercícios. Como diria outro ditado, "os fins justificam os meios"!

Entretanto, se você não for esse atleta, mas quer tornar sua prática esportiva vitalícia e sustentável é melhor começar a rever seus conceitos e garantir sua integridade física e mental por toda sua vida. Caso contrário, será obrigado a se aposentar precocemente.

Sendo assim, treine com moderação, alimente-se com equilíbrio e exercite sua inteligência!